Caros blogueiros, hoje criei um segundo blog para efeitos profissionais. Chama-se LUGAR DO TEXTO. Agradecia, por favor, que divulgassem junto de quem precise de criar ou trabalhar textos. Podem encontrar-me aqui:
Não se deixem enganar pelas riscas cor-de-rosa. Os dias são (d)escritos com todas as cores.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
The Real Group
Afinal, a Suécia não tem só os Abba. Hoje o meu filho deu-me a conhecer este grupo vocal maravilhoso que, pelos vistos, já conta com mais de uma dúzia de prémios, deu mais de 2000 concertos e...passou-me ao lado. Afirmam ter influências de Bobby McFerrin e terão também, por ventura, dos Take 6 sem, no entanto, se limitarem a copiá-los.
Escolhi este tema, por razões óbvias. Escutem clicando abaixo, no audio "Words" e sigam a letra, que vale a pena. Obrigada, Gugas :)
Words
a letter and a letter on a string
will hold forever humanity spellbound
Words
possession of the beggar and the king
everybody, everyday
you and I, we all can say
Words
regarded as a complicated tool
created by man, implicated by mankind
Words
obsession of the genius and the fool
everybody, everyday,
everywhere and everyway
Words!
Find them, you can use them
Say them, you can hear them
Write them, you can read them
Love them, fear them
Words
transmitted as we're fitted from the start
received by all and we're sentenced to a life with
Words
impression of the stupid and the smart
everybody, everyday
you and I, we all can say
Words
inside your head can come alive as they're said
softly, loudly, modestly or proudly
Words
expression by the living and the dead
everybody, everyday
everywhere and everyway
Words!
Find them, you can use them
Say them, you can hear them
Write them, you can read them
Love them, fear them
will hold forever humanity spellbound
Words
possession of the beggar and the king
everybody, everyday
you and I, we all can say
Words
regarded as a complicated tool
created by man, implicated by mankind
Words
obsession of the genius and the fool
everybody, everyday,
everywhere and everyway
Words!
Find them, you can use them
Say them, you can hear them
Write them, you can read them
Love them, fear them
Words
transmitted as we're fitted from the start
received by all and we're sentenced to a life with
Words
impression of the stupid and the smart
everybody, everyday
you and I, we all can say
Words
inside your head can come alive as they're said
softly, loudly, modestly or proudly
Words
expression by the living and the dead
everybody, everyday
everywhere and everyway
Words!
Find them, you can use them
Say them, you can hear them
Write them, you can read them
Love them, fear them
domingo, 27 de novembro de 2011
Sede
Mais do que saciar a sede, é preciso tê-la. Adormecer de boca seca é ter a certeza do desejo. E acordar, sempre. Bebendo de um sonho, a conta-gotas, a dar mais sabor ao sangue. Bebendo, construímos a nossa fonte. E a frescura das águas que escutamos, dessa veia de água límpida correndo, é o que engorda a ansiada sede de beber.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Feras
O Ciúme
A Preguiça
O Medo
São inimigos a combater. Existem dentro das pessoas como uma voz diabólica, que pode infernizar os dias, destruir relações, ou paralisar o futuro. O segredo estará, talvez, num trabalho de controlo, como o de um domador de feras. Vencer esses monstros, mostrando superioridade, às vezes só mesmo assim, com uma banco na mão e um chicote na outra, gritando, Mas afinal, quem é que manda aqui?
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
domingo, 20 de novembro de 2011
Domingo
O Chico saltou outra vez a vedação. Desta feita estávamos prevenidos e agarrámo-lo, numa acção conjunta, antes que se lançasse por essas terras adentro. Resultado: novas soluções de recurso, com ramos de pinheiro atravessados, a impossibilitar o salto deste cão de caça enxertado com osso de canguru. O serra da estrela Gastão, à trela, fez de cobaia para o provocar, de modo a descobrirmos por onde é que o malandro do outro se escapava...desta vez. Quando lhe trocamos as voltas, solta latidos indignados, como quem não se conforma com a nossa traição. Esperto como um Chico, quase consigo ver-lhe o balão sobre a cabeça, com novos planos de engenharia. Já que vieram os dois cá para fora, eu e o meu filho aproveitámos a tarde de outono solarenga para passeá-los no pinhal.
Houve chá Earl Grey com biscoitos, e spaghetti com bacon, tomate e natas. O filho andou a tratar de me arranjar os tão desejados episódios da mini-série britânica "Any Human Heart", centrada na vida de um escritor escocês (Logan Mountstuart), que atravessa várias décadas do séc. XX, movimentando-se entre Londres e Paris. Eu fui até Veneza, fazendo revisão de texto do que será o primeiro livro de literatura de viagens de uma grande amiga. Ao computador, acompanharam-me as músicas de Gabriel Yared, instrumentais, para que a concentração não se quebrasse. Ler, fazer revisão de texto e escrever, só mesmo com instrumentais; de contrário, a voz foge-me para as palavras e lá vou eu, para longe do que estou a fazer.
O filho fez os trabalhos de casa de Acústica e a sua primeira hora de criação musical para a cadeira de Análise e Composição, como aluno integrado no Conservatório Nacional de Lisboa. Escolheu, para meu orgulho e ternura, uma quadra de uma letra inspirada na Idade Média, que a mãe escreveu quando ele tinha apenas três anos de idade, quando andava a ler "A Obra ao Negro", de Marguerite Yourcenar. Para este trabalho, o pai tinha-lhe dado um livro do Pessoa, para que escolhesse versos que se adaptassem à época medieval, mas o meu filho acabou por fazer a troca. Ficou a perder, é claro, e eu a ganhar.
"Num tempo cheio de superstição
Foi aprendiz, camponês, senhor
Tentou ser gente, sem lar ou prisão
Mestre, poeta, malfeitor"
Compôs, escreveu na pauta, tocou ao piano e cantou, com atenção à métrica, à intensidade e ao que caracterizava a música sacra que se compunha na época, ainda antes de ter sido criado o canto gregoriano. Demorou cerca de uma hora e foi a sua primeira composição "por obrigação", qual Antonio Salieri escrevendo para a corte de Viena. E eu uma mãe babada, a fotografá-lo de lápis na boca e auscultadores, a enquadrar na imagem os seus dedos ainda desajeitados sobre o teclado. Ontem foi ouvir Gustav Mahler no S. Carlos, com amigos do Conservatório. No intervalo, após a actuação de Pinho Vargas, a directora do Conservatório reconheceu-o na fila K e mandou alguém buscá-lo, para o levar ao camarote, de onde assistiu ao concerto propriamente dito, emocionando-se com as peças belas e tristíssimas de Mahler, como o "Adagietto", o 4º andamento da 5ª sinfonia.
Isto num sábado à noite.
Vai completar 16 anos na próxima 4ª feira, o que me faz pensar que devo ser a modos que abençoada.
Deixo-vos na companhia de Mahler e destas imagens, que nos fazem flutuar por paisagens de sonho. Porque sonhar é preciso.
sábado, 19 de novembro de 2011
Lendo...
Renoir amava a irregularidade. Odiava os compassos, que desenham circunferências perfeitas, tudo o que fosse perfeito. A perfeição estava na imperfeição. A arte era encontrada na individualidade de cada elemento natural: uma laranja (que não é perfeitamente redonda), cada gomo irregular e único dessa laranja, ou uma folha de árvore, distinta de todas as outras folhas; um rosto que nunca é simétrico e que por isso o fascinava.
"Deus, o rei dos artistas, era desajeitado."
"Quanto mais se recorre a boas ferramentas, mais desinteressante sai a escultura"
Renoir detestava o luxo e o artifício; os espartilhos das senhoras e os seus pés enfiados em sapatos apertados, de ponta fina. Respeitava o rústico em detrimento da elegância, uma face rosada e um corpo roliço, ao invés de uma tez pálida ou uma cintura estreita de mulher que se priva dos prazeres da mesa. Preferia uma sala simples e nua, sem a inutilidade dos bibelots. Não confiava na luz eléctrica para trabalhar e quando o sol enfraquecia, guardava as suas tintas. Sentia-se agradecido e abençoado por gostarem dos seus quadros e darem dinheiro por eles, uma vez que pintar era para Renoir, acima de tudo, uma necessidade e um divertimento. E defendia que o que valia a pena captar se encontrava na natureza, naquilo que Deus criou. Olhar era o bastante. Olhar até nos tornarmos apreciadores. Defendia que o artista devia procurar fora dele os seus motivos, pois nada havia a inventar:
"O artista que menos usar aquilo a que se chama imaginação, será o maior."
Sempre foi de uma modéstia que a todos desarmava, pois considerava-se um operário em trabalho e evolução constantes.
"Se o artista sabe que tem génio, está perdido! A salvação está em trabalhar como um operário e não tentar dar nas vistas."
Isto e muito mais estou a aprender na biografia escrita por um dos filhos, o cineasta Jean Renoir, que nos revela um homem digno de conhecer - não só pelos quadros e desenhos que nos deixou - mas como amigo, pai, homem. Ao mesmo tempo que sou transportada para a sua época, que atravessou revoluções políticas, sociais e artísticas. leitura imperdível: "Pierre-Auguste Renoir, Meu Pai", Editorial Bizâncio.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
A Angèle de Renoir
Quando Renoir se apaixonava por um qualquer motivo pictórico, alugava uma habitação modesta para o ter "debaixo do nariz". O mobiliário limitava-se a uma colchão posto no soalho, uma cómoda em pinho rústico, uma mesa, uma cadeira e um fogão para o modelo se aquecer. Quando mudava de casa, deixava tudo para trás.
A zona da Rue Moncé tinha má fama, mas "Angèle, um dos seus modelos, tinha-lhe falado numa casinha de renda barata, com um jardinzinho onde ele podia pintar. Renoir tinha ido ver. Tinha-se deixado conquistar por uma velha macieira da qual pendia um baloiço de criança, e tinha-a arrendado sem se preocupar com a vizinhança. Um dia, a caminho de casa, foi atacado por uns vagabundos. Tentou fugir, mas apesar de ter boas pernas foi atacado e manietado contra uma paliçada. De repente, um doa malfeitores reconheceu-o: "É o senhor Renoir!" O meu pai recuperou o fôlego, orgulhoso de ser tão conhecido. O outro esclareceu: "Eu já o vi com a Angèle. Não vamos fazer mal a um amigo da Angèle..." E acrescentou: "Este bairro não é seguro. Vamos acompanhá-lo até casa!". De facto, Angèle, o delicioso modelo do quadro da mulher com gato ("Posava como uma deusa"), pertencia àquele meio. Tinha por Renoir uma devoção comovedora. Um dia, percebendo que ele não tinha dinheiro para pagar a renda, ofereceu-se para "ir dar uma volta pela alameda" (...) Enquanto posava para "O Almoço dos Remadores", a rapariga conquistou um jovem de boas famílias, que se casou com ela. Alguns anos depois, veio visitar o "patrão". Vinha acompanhada do marido (...): "O Armand sabe que eu posava nua e (corando)... também sabe que eu andava em más companhias! Enquanto Armand se perdia na contemplação de um quadro, ela disse ao ouvido de Renoir: "Mas não sabe que eu dizia merda!"
(in "Pierre-Auguste Renoir, Meu pai", de JEAN RENOIR)
Quadros: "Mulher com um Gato" (1875) e "O Almoço dos Remadores" (1880-1881)
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
A quatro
Há encontros quase perfeitos. Em que a imperfeição nada mais faz do que tornar mais perfeito o encontro. O jantar, uma delícia, um festim para o paladar. A porta da sala aberta, com a percussão da chuva a enfeitar a noite. O vinho tinto correu generosamente, recuso-me a confessar até que ponto...! Ao longo das horas saltitámos por entre assuntos divertidos e algo melindrosos, entre desabafos, provocações e devaneios. Viajámos até à Escócia, demos um pulo ao Brasil e pusemos um pé em Kuala Lumpur. Saltámos de pára-quedas, tivemos vertigens, reencontrámos velhos amigos, confessámos algumas mágoas e puxámos o lustro aos sonhos. Conselhos, muitos, com automóveis e pintores impressionistas pelo meio. O futuro assusta, mas é preciso não esquecer as bênçãos que temos Hoje. A sede aumenta, sim. É no entanto urgente fincar os pés no chão para não cairmos no abismo. A música escutou-nos, com e sem vibrato; Sinatra cantou o "My Way" e provou que ninguém consegue ir pelo mesmo caminho. Chat Baker deu-nos a ternura do seu timbre desafinado; rimo-nos com o enorme instrumento de sopro que soa a apito de navio. Experimentámos túnicas e chapéus, admirámos os vitrais de catedrais seculares e a fauna da Malásia. A onda gigantesca da Nazaré, no ecrã da sala, provou-nos que este país é ainda capaz de nos surpreender e que, ainda assim, é possível ficarmos de pé.
Regressei a casa com um saco pesado, cheio de novos livros para ler. E com a certeza de que podemos viver encontros perfeitos. Obrigada, Pedro e João. Obrigada, Nanã.
Roubei a imagem aqui
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
S. Martinho
Há frutos e tradições que nos tiram da chuva e nos resgatam do frio. Têm um sabor e um aroma que nos confortam como uma longa carícia nos cabelos. Um abraço sentido que nos entra na pele. O perfume das castanhas assadas, daquela névoa de fumo que se dispersa pelas ruas e praças, faz-me cerrar os olhos, inspirar profundamente e viajar até à minha infância. Aos tempos em que as castanhas vinham embrulhadas em folhas das Páginas Amarelas, sem ASAE nem azar. Era uma sorte poder parar, tirar as moedas de escudo e comprar uma dúzia delas ao vendedor, de mãos chamuscadas e pele curtida, de tanto sacudir a vasilha de barro e lidar com o calor das brasas. Hoje é dia de acender a lareira, ao serão. Abrir uma garrafa de vinho tinto (fujo da tradição da água-pé, que não aprecio) e preparar as castanhas numa vasilha comprada no José Franco, o ceramista de Mafra. Comam-nas, quentes e boas, sem pressas nem pruridos, que a vida são dois dias. E não se esqueçam de brindar ao S. Martinho, a bem da generosidade e da esperança em dias de sol, quando vivemos tempos tão cinzentos.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Apelo
Caros blogueiros, hoje aproveito este cantinho para fazer um apelo. As crianças de S. Tomé precisam de dicionários de português, livros infantis e juvenis em bom estado e livros para colorir, que estejam novos. Por favor, dêem uma volta às vossas estantes e partilhem este apelo, sim? O transporte até às escolas está garantido, pois os contactos são fiáveis.
Enviem ou entreguem em mãos os vossos donativos em géneros na seguinte morada:
Av. República nº6 9º Esqº 1050-191 Lisboa (Atelier 004)
Aceitam-se também aguarelas, lápis de cor, giz...
Informo que as pessoas que estão a organizar e dirigir esta acção humanitária são de total confiança: Elvis Veiguinha é proprietário da Digital Mix, realizador de video e cinema e produtor musical. Encontra-se em S. Tomé a realizar um documentário e calculo que se tenha sensibilizado com a falta de condições que estas crianças têm na escolas; Patrícia Reis, escritora, jornalista e editora da revista Egoísta, casada com Elvis Veiguinha, encontra-se à frente desta iniciativa particular e já tem realizado outras acções similares, sem quaisquer intermediários ou ligações de carácter político. Data limite: 10 de Dezembro.
Ajudem, por favor!
Ajudem, por favor!
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Candy
Uma semana bem doce para todos. Deixo-vos com esta maldade inocente, para vos fazer rir e sorrir. A minha preferida é a que diz: "You're ugly!". Não se resiste a estas crianças :) Obrigada, Pedro!
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Warner Brothers
Maravilhoso, este filminho da Warner, de 1960, realizado por Chuck Jones. Lembrem-se de que têm a possibilidade de ver em ecrã inteiro, clicando no canto inferior direito. Bom fim de semana para todos, com boa música e bom humor, sempre.
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quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Região do Estoril
E porque é importante partilhar o que está bem feito, partilhem este video, um convite sedutor para incentivar o Turismo estrangeiro, e que edifica algumas das coisas boas que podemos proporcionar a quem nos visita.
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