Ainda sobre a escrita de Carlos Ruiz Zafón, não queria deixar de oferecer-vos uma ou duas pérolas, mais concretamente, da boca de uma das minhas personagens favoritas do romance "A Sombra do Vento":
“ – A gente sempre é muito má!
– Má não, imbecil, o que não é a mesma coisa. O mal pressupõe uma determinação moral, intenção e um certo pensamento. O imbecil ou bruto não pára para pensar nem para raciocinar. Age por instinto, como animal de estábulo, convencido de que está a fazer o bem, de que tem sempre razão, e orgulhoso por andar a lixar, com vossa licença, todo aquele que se lhe afigura diferente dele próprio, seja na crença, na cor, no idioma, na nacionalidade (…) ou nos seus hábitos de lazer. O que é preciso no mundo é mais gente verdadeiramente má e menos casmurros limítrofes.”
(Fermín Romero de Torres para Merceditas, pág. 168)
– Má não, imbecil, o que não é a mesma coisa. O mal pressupõe uma determinação moral, intenção e um certo pensamento. O imbecil ou bruto não pára para pensar nem para raciocinar. Age por instinto, como animal de estábulo, convencido de que está a fazer o bem, de que tem sempre razão, e orgulhoso por andar a lixar, com vossa licença, todo aquele que se lhe afigura diferente dele próprio, seja na crença, na cor, no idioma, na nacionalidade (…) ou nos seus hábitos de lazer. O que é preciso no mundo é mais gente verdadeiramente má e menos casmurros limítrofes.”
(Fermín Romero de Torres para Merceditas, pág. 168)
“ – Olhe, Merceditas, é só porque me consta que a senhora é boa pessoa (se bem que um tanto curta de entendimento e mais ignorante que um lorpa), e neste momento estamos perante uma emergência social no bairro perante a qual é preciso dar prioridade a certos esforços, porque senão eu ia esclarecer-lhe um par de pontos cardeais.”
(idem)
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