Escrevo isto com 5 dias de atraso e já verão porquê. No Sábado jantávamos placidamente. Lá por fora andava a tempestade. Julgamos que, se tivermos uma casa forte como a do porquinho Cícero, estamos seguros, mas não é bem assim. A trovoada estalou em cima de nós, lançando trovões e relâmpagos como se estourassem no interior da casa. De repente, a escuridão total. Só se viam luzinhas na linha do horizonte, ao longe. Por aqui ficou tudo apagado. Os cães e o marido adormeceram, no tédio de quem nada tem para fazer. E eu fiquei ridiculamente a gastar a bateria do telemóvel jogando (eu a brincar com joguinhos de telemóvel, imagine-se), pela primeira vez, "Climate Mission", cuja música, ao contrário do que é habitual nestas andanças, era bastante zen: e fiz nascer árvores de fruto, lutei contra a desflorestação plantando árvores de fruto na Nigéria e milho no Zimbabwe. Vencida pela escuridão, deitei-me às onze da noite na companhia de velas e lanternas de LED, sem saber que no dia seguinte já tínhamos electricidade, é certo, mas que iríamos ficar sem telefone e sem internet durante 5 dias. Pronto, restou-me o consolo de ter contribuído para a reflorestação do planeta, valha-nos isso.
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