"Pai, Quero que Saibas
É o teu rosto que encontro. Contra nós, cresce a manhã, o dia, cresce uma luz fina. Olho-te nos olhos. Sim, quero que saibas, não te posso esconder, ainda há uma luz fina sobre tudo isto. Tudo se resume a esta luz fina a recordar-me todo o silêncio desse silêncio que calaste. Pai. Quero que saibas, cresce uma luz fina sobre mim que sou sombra, luz fina a recortar-me de mim, ténue, sombra apenas. Não te posso esconder, depois de ti, ainda há tudo isto, toda esta sombra e o silêncio e a luz fina que agora és."
José Luís Peixoto, in 'Morreste-me'
A todos os pais ausentes. Felizmente não é o caso do meu, que ainda está entre nós, espero que por muito bons anos.
ResponderEliminarA todos eles; aos ausentes e aos ainda (felizmente) presentes... porque são um rosto que encontraremos sempre; seja de que forma for!
Um beijinho, Vera
Outro para ti, minha querida! :)
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